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Fortaleza

Prefeito Evandro entrega 785 Carteiras de Identificação da Pessoa com TEA (Ciptea)

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O prefeito Evandro Leitão realizou, neste sábado (31/5), a entrega de 785 Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). Também foi lançado o portal Ciptea Fortaleza, que amplia a acessibilidade e torna o processo de emissão mais ágil. Com a nova plataforma, a versão digital da carteira será disponibilizada em até cinco dias úteis após a análise da documentação, enquanto a versão física será emitida em até 45 dias após a análise.

A atual gestão reformulou o documento, que agora conta com novo layout e dispositivos de segurança, como numeração seriada, QR Code e validação digital. Como destacou o prefeito Evandro Leitão, a entrega é resultado do esforço da gestão em priorizar a inclusão.

grupo de pessoas posa para a foto
A primeira-dama Cristiane Leitão e a vice-prefeita e titular da SDHDS, Gabriella Aguiar, também participaram do evento

“Essas são carteiras que estavam represadas por falta de documentos ou porque não estavam sendo priorizadas anteriormente. Logo que assumimos, fizemos uma busca ativa dessas informações faltantes e realizamos o cadastro. A Ciptea é importante para que as pessoas com TEA possam ser priorizadas e saiam da invisibilidade, tendo maior acesso aos serviços”, afirmou.

O prefeito também comentou sobre a ampliação do acesso ao documento. “Agora, com o site, as pessoas podem solicitar a carteirinha de forma on-line ou presencialmente, em qualquer uma das 12 regionais, garantindo que as famílias atípicas tenham acesso mais ágil e facilitado ao serviço.”

Durante o evento, Evandro anunciou ainda a implantação do primeiro Espaço Girassol de Fortaleza, com inauguração prevista para julho. O equipamento será voltado ao acolhimento e atendimento de pessoas com deficiência e seus familiares, com ambientes sensoriais e equipe especializada.

“Estamos honrando nossos compromissos. No próximo mês, entregaremos o primeiro Espaço Girassol, na Regional 5, na Policlínica Dr. José Eloy da Costa. O local contará com equipe multidisciplinar preparada para acolher crianças e jovens com TEA, síndrome de Down ou outras deficiências. Nosso compromisso é entregar 12 Espaços Girassol até o fim do nosso mandato. Ainda este ano, serão entregues três unidades, além do Centro de Diagnóstico Girassol, com equipes capacitadas para acolhimento e emissão de laudos”, informou o prefeito.

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mulher assina documento em uma mesa com os documentos entregues
A entrega dos documentos neste sábado é resultado do esforço da gestão em priorizar a inclusão

A primeira-dama Cristiane Leitão também destacou os benefícios da nova plataforma. “Esse site foi desenvolvido pela nossa nova equipe, com uma linguagem acessível. É uma plataforma extremamente didática, onde a pessoa se cadastra e, em até cinco dias úteis, já recebe a carteirinha. Isso facilita muito, porque pessoas com Transtorno do Espectro Autista, especialmente crianças e jovens, que muitas vezes se desorganizam com deslocamentos.”

A vice-prefeita e secretária dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), Gabriella Aguiar, pontuou que o Ciptea está incluído dentro do plano Fortaleza Inclusiva, uma política multissetorial de acolhimento que é uma das prioridades da gestão.

“O Plano Fortaleza Inclusiva será a maior revolução em inclusão na história da nossa cidade. E não falo apenas da inclusão das pessoas neurodivergentes, mas da inclusão dos 49% da população de Fortaleza que vivem no CadÚnico, na linha da pobreza, e que precisam de oportunidade. Porque quando a gente entrega, a gente entrega uma política pública que fica. E essa é a nossa missão: transformar Fortaleza na capital da inclusão”, comentou.

homem posa para a foto usando fones de ouvido e mostrando duas carteirinhas
Wilian Santos Cavalheiro, de 39 anos, é um adulto com TEA e também tem um filho com a mesma condição

Arlane Ferreira, mãe de Rayllon Arthur, de sete anos, falou sobre a rotina como mãe atípica e os impactos da nova carteirinha.

“Eu descobri em 2023. Foi um impacto muito grande, porque eu não tinha conhecimento sobre o autismo. A partir daí, começou uma luta: entender qual era o primeiro passo, pra onde correr, o que fazer… Desde pequeno, ele já apresentava algumas diferenças, principalmente no sono e na alimentação. Então, a escola começou a me cobrar, e foi quando eu fui atrás. Quando veio o diagnóstico, foi um choque. Com a carteirinha, muita coisa muda. Com ela, ele é identificado, mostra que tem uma condição e que precisa de um tratamento especial.”

Wilian Santos Cavalheiro, de 39 anos, é um adulto com TEA e também tem um filho com a mesma condição. Ele comentou que o benefício da Ciptea é fundamental para inclusão de todos, não apenas jovens. “Isso dá um pouco de esperança para que as coisas mudem. Eu recebi o meu laudo há dois anos, apesar de sempre ter tido problemas com barulho e sociabilidade. Isso porque há uns cinco anos aquilo que era apenas um incômodo passou a ser agressivo para mim. Um adulto com autismo sofre de um olhar de preconceito, pois as pessoas acham que você está enganando, usando um bilhete infantil. Com a identificação mais segura, isso vai ajudar bastante”, declarou.

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